
dramaturgo | advogado
Jaime G. Gralheiro (1930-2014)
Nasceu a 7 de Julho de 1930, no lugar de Macieira de Sul, concelho de S. Pedro do Sul.
Licenciou-se em direito pela Univ. de Coimbra. Fixou-se em S. Pedro do Sul em 1956, onde, desde 1958, passou a exercer a profissão de advogado; aí iniciou também a sua atividade artística (dramaturgo e encenador) e, a partir do princípio da década de 60, uma intensa atividade política contra o Regime Salazarista . Em 1971, juntamente com José de Oliveira Barata, Manuela Cruzeiro e um grupo de jovens, fundou o “Cénico – Grupo de Teatro Popular” de S. Pedro do Sul. No “Cénico” montou, para além de algumas das suas próprias peças, obras de Lorca, Suassuna, Gil Vicente, Molière Dias Gomes e outros. A seu primeiro exercício teatral, a que deu o título de Feia (1950), foi escrito quando tinha 20 anos.
Como político apoiou a apresentação da lista da Oposição Democrática pelo distrito de Viseu, em 1965, e integrou a lista de 1969.
Foi o primeiro Presidente da Comissão Administrativa da CM de S. Pedro do Sul, após o 25 de Abril de 1974.
Recebeu, entre outros prémios, a Medalha de Mérito e Cultura do Ministério da Cultura; a Medalha de Instrução e Cultura da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio; o Prémio de Carreira e a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores.


Algumas peças teatrais...
Como dramaturgo escreveu dezenas de peças teatrais, desde 1949. (1)
Em 1971, funda com José de Oliveira Barata e Manuela Cruzeiro, o “Cénico – Grupo de Teatro Popular” de S. Pedro do Sul. Desde a sua fundação, dirigiu, artisticamente, o “Cénico”, encenando em conjunto com José O. Barata, os seus três primeiros espectáculos: “Auto da Compadecida” de Areano Suassuna; “Sapateira Prodigiosa” de Federico Garcia Lorca e “Na Barca com Mestre Gil” da sua autoria;
A partir de 1975 passa a encenar sozinho todos os espectáculos montados pelo “Cénico”: “Arraia Miúda” ( 1975/76); “O Homem da Bicicleta” (1977/78); “D. Beltrão de Rebordão” (1988/89); “A Grande Jogada” de José Viana (1980); “Viva o Lobo Mau” e “Farruncha” (1985); “Lafões é um Jardim” (1990/91); “Onde Vaz, Luiz?” (1991/92); “Era uma Vez um Coração” (“Cénico/infantil”; 1992/93); “Tartufo” de Molière/Llovet (1993/94); “Viva o Lobo Mau” e Farruncha (“Cénico/Infantil; 1994/95) e “É (H) MEU!” (“Cénico/Juvenil” : 1995/96 ); “Vem aí o Zé das Moscas” (Cénico/Infantil) de António Torrado que subiu à cena em Maio de 97.
Interveio em todos os congressos, em várias assembleias e inúmeras reuniões que, sobre o Teatro, se realizaram em Portugal, desde 1971 até ao seu falecimento.
Em 2009 surpreendeu-nos com um grande painel em forma romanceada sobre os anos 60, a que pôs o título A Caminho do Nunca? ou Minha Loucura outros que me a tomem…

